Friday, May 06, 2005


Indagando

Qual será o caminho dos mistérios?
Quando será o dia da aurora?
Qual será o meu ministério?
Quando será vivido o agora?

Quantos símbolos estão escondidos na mente?
Que luta para reconstruir a estrutura?
Quantos desejos possui a serpente?
Que forma terá a nova arquitetura?

Quão onipotente é o pensamento?
Quantas vidas se pode viver?
Quão infinito pode ser um momento?
Quantas luzes tem o amanhecer?

Qual pode ser o próximo passo?
Quando revelar a descoberta verdade?
Quão receptivo será o parnaso?
Quantas facetas possui a eternidade?. (Tadany Cargnin dos Santos – 03 05 05)

Deparando-me

Quantas mortes já morri?
Quantos nascimentos já vivi?
Quantas almas já perdi?
Quantas dores já sofri?

Perambulando na busca pelas respostas
Descobri que o Sol era a réplica
Porque todo o dia ele iluminava a crosta
Independentemente de quão aflita fôsse a súplica

Então, com o astro-maior brilhei no amanhecer
E aprendi que todas as mortes eram de uma única vida
Que para poder holisticamente resplandecer
Deve ser eternamente repleta de dúvidas. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 05 05)

Monday, April 25, 2005


Costumes almejáveis

Hábitos para o Homem
Que o beber seja frequente
Que o alimento seja apenas na fome
Que o sonhar seja eternamente
Que Deus seja o único ícone
Que a sabedoria seja procurada diligentemente. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)


Poema CLX

Se tudo é energia na matéria
Apenas a unidade é veraz
É a Antártica conectada à Nigéria
É o homem com o seu ecossistema, vivendo em paz. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)


A Janela

Através do delgado buraco na janela
Sopra suavemente o vento minuano
Inundando de harmonia a pequena cancela
Do ente que deseja libertar-se do mundano. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)


Desvinculando

As grades que aprisionam a minha liberdade
Não estavam conectadas com nenhum dogma social
Não se encontravam em nenhum lugar na humanidade
Estavam sendo nutridas pelo meu âmago animal

Oxalá um dia eu consiga moldar essa irracionalidade
Criando uma sólida estrutura recheada de razão
Que me guie na senda que leva à eternidade
Buscando os tesouros que existem no plano da evolução. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)

Rio Guaíba

Sulcos de ondas preenchem o véu do rio
Cromatizando a paisagem lúdica
E o barco segue criando com pomposo brio
A onda infinita, posto que é única. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)

Poema CLVIII

Que vasto é o planalto do desejo
Que seduz a mente sedendo às volúpias do prazer
Que fraca é a mente humana
Que se deixa levar por tão efêmero querer. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)


Harmonizando

O corpo humano é como um violão
Se você esticar demais a corda
Certamente criarás tensão
Se você deixá-la muito solta
Indubitavelmente criarás inanição
Mas, se você afiná-la harmonicamente
Deveras criarás perfeição. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)


Poema CLIX

A carne que come a carne
É verme que come verme
Esse canibalismo é o cerne
De uma antropofagia solene. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 04 05)

Ilimitado

Com o verbo
Veio a criação
Com a palavra
Veio a conservação
Com o Homem
Virá a destruição
Este fim
É parte da evolução. (Tadany Cargnin dos Santos – 21 04 05)

Friday, April 15, 2005


Diva XIV

Ainda lembro daqueles dias
Quando flores eu te entregava com o pensamento
Quando ao nascer da lua tu sempre sorrias
Quando nossos planos eram para cada momento

Ainda lembro daquelas madrugadas
Quando dormia com teu nome em meus lábios
Quando nos amavamos na beira da estrada
Quando nos perdíamos a entender provérbios

Ainda lembro daquelas tardes
Quando caminhávamos de mãos dadas pela praça
Quando líamos o futuro nas folhas dos sempre-verdes
Quando a tua presença recheava o ambiente de graça

Ainda lembro daquele tempo
Quando erguíamos uma bandeira contra as guerras
Quando o amor era o nosso único sentimento
Quando não acreditávamos em fronteiras em nossas terras

Hoje aqueles sentimentos que nos faziam felizes
Transformaram-se numa lembrança terna
De uma árvore que brotou profundas raizes
De uma vertente que virou uma transcendente cisterna

E já não sei se você ainda olha para a lua
Se os beijos que hoje recebes são de amor
Se ainda flutuas pela casa em tua presença nua
Se buscas a paz com todo o teu ardor

Mas sempre penso naqueles momentos
Onde, de dois pólens, brotamos numa mesma flôr
E sempre desejo que estejas ávida de sentimentos
E que, em outros braços, tenhas encontrado novamente o amor. (Tadany Cargnin dos Santos – 13 04 05)


Poema CLV

Quando escrevo certos poemas
Não penseis que desejo profetizar
Apenas vejo alguns princípios num esquema
Onde a verdade deseja se exaltar. (Tadany Cargnin dos Santos – 14 04 05)


Quesito

Nalgum rincão da antropologia
Encontra-se uma explicação para a nossa origem
Mas será que ela tem alguma teoria
Que explique a nossa diruptiva vertigem?

Nalgum rincão da psiquiatria
Encontra-se uma explicação sobre a nossa psique
Mas será que ela tem alguma teoria
Que explique a origem de nossa fé?

Nalgum rincão da psicologia
Encontra-se uma explicação para a nossa dor
Mas será que ela tem alguma teoria
Que explique a progênie do amor?

Nalgum rincão da Filosofia
Encontra-se uma explicação sobre os valores
Mas será que ela tem alguma teoria
Que explique porque foram criados os pudores?

Nalgum rincão da pedagogia
Encontra-se uma explicação sobre didática
Mas será que ela tem alguma teoria
Que explique o universo de uma maneira prática?

Nalgum rincão do dia
Encontram-se as respostas para todas estas questões
Mas será que alguém se atreveria
A usar a chave para abrir estes portões? (Tadany Cargnin dos Santos – 14 04 05)

Friday, April 08, 2005


Dúvidas e Asserções

Porque estabelecer um ritual?
Se toda a fé é onipresente
Se toda água é um lustral
Se todo o Homem é uma chama ardente

Porque viver sob o manto de um dogma?
Se todo o conhecimento é infinito
Se todo o universo é um bioma
Se todo o renascer é um atributo do espírito

Porque separar-se em nome da religião?
Se todo o futuro é longínquo
Se todo o Homem nasce irmão
Se Deus sempre será ubíquo. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 04 05)


Sintético

Nos incomprensíveis sussurros do desconhecido
Nas fantasiadas mensagens dos sonhos
Descobri a chave que abre o elo perdido
Comprendi os mistérios que se perderam no antanho

No fogo da alma do planeta
Nas alegorias visíveis do universo
Encontrei a fórmula que manipula a ampulheta
Aprendi que todo o ser nasce absterso

Nas profundezas dos olhos
No campo energético que envolve os seres
È onde se encontram todos os abrolhos
É o sítio em que florescem todos os amores. (Tadany Cargnin dos Santos – 07 04 05)


Lacônico sobre a vida

Na ilusória ignoração da morte
Passam-se os anos
Nas esperança de uma eterna vida
Adiam-se a consecução dos planos

No entanto

Assim como o sol sempre brilha
A morte sempre chegará
Assim como um ciclo sempre fecha
A vida um dia acabará

Então

Viva com a morte ao seu lado
Morra com vida em seu coração
Labute para ter tudo realizado
Caminhe na senda da evolução. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 04 05)

Wednesday, April 06, 2005


Porque

Porque insistem em vender a guerra
Disfarçada de vis sentimentos hodiernos
Que destroem a alma do planeta terra
E aprisionam os sentimentos ternos

Porque insistem em matar os animais
Disfarçado sobre o véu da alimentação
Criando uma nuvem de infernos astrais
Porque um animal também tem coração

Porque insistem em poluir o planeta
Disfarçado na estrada do desenvolvimento
Acelerando a velocidade da ampulheta
Da cobrança natural que chegará a qualquer momento

Porque insistem em criar vários Deuses
Disfarçados em diferentes religiões
Desconhecendo que a divina catarse
Está dentro de todos os corações

Chegará o dia em que despertaremos
Para um mundo mais coerente e humano
Onde holisticamente viveremos
Planeta, ciência, filosofia, religião e homem mundano

Porque se este dia não amanhecer
Estaremos condenados a escuridão do desalento
Onde o remorso será o único viver
Por não termos mudado no adequado momento. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)


Poema CLV

Como aprenderemos o essencial
Que nos preparará para o implacável?
Como saberemos o que é real
Quando nos encontrarmos com o inevitável? (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)

Poema CLVI

Que tênue é a linha
Que separa a vontade de ajudar
Com a volúpia do dominar. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


CLIV

A pedra parece ser imóvel
E, em sua imobilidade, carrega séculos de aprendizagem
O Homem parece ser móvel
E, em sua mobilidade, carrega eras de libertinagem. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Procura-se

Perdi meu coração
Nas tristezas do quotidiano
E o que antes era um vulcão
Tornou-se um tétrico músculo mundano

E agora onde encontrarei o fogo universal
Para reacender a chama eterna
Que brilhará no físico e no astral
E pavimentará, com seu lótus, a estrada interna

Porque sem este fogo a vida não tem sentido
Como se o sol deixasse de brilhar
Aprisionando o espírito num lamaçal pútrido
Onde a alma passa o tempo a chorar. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)


Poema CLIII

Se o Homem fosse inteligente
Não haveria tanta destruição
Nem mesmo tanta funesta gente
E nem sequer tanta desunião. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Poema CLI

O Homem luta a cada segundo
Com as dores do passado
Com o futuro de seu micromundo
Com um presente inalterado. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Poema CLII

Quando um cachorro latir
Acompanhe a direção do seu ladrar
Porque algo está para partir
Ou então para chegar. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Poema CXLVIII

Não existe alegria que seja indefinida
Nem dor que dure para sempre
São duas faces de uma mesma vida
Que se aplica tanto ao pagão quanto ao crente. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


CL

As heranças culturais
Nos apresentam dogmas esquecidos
Reminiscências de arcaicos ancestrais
E de um tempo, sempre decaído. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Poema CXLIX

Onde encontrar as fortalezas de cada Ser
Senão dentro de sua própria consciência
Qualquer outra busca é desmerecer
A divindade que cada um tem em sua essência. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Diva XIII

Será que um dia, consiguirei ser teu?
Será que um dia, conseguirás ser minha?
Será que um dia, reencarnará Orfeu?
Será que um dia, acordaremos na mesma manhã?

Estaremos sempre a mercê de flutuações?
Dois corpos perdidos nas dores do passado
Retraindo sofregamente suas ilusões
Infeliz psique que nos mantém aprisionado

Livre como as pétalas que voam ao vento
Viaja meu espírito ao sentir o teu calor
De repente, uma nuvem de ceticismo invade o firmamento
E transforma o prazer numa indelével dor

O abismo das percepções se depara entre nós
Um vale de atitudes se estende em nossos anseios
Conseguiremos acender nossas chamas de humanos?
Para transformamos cada encontro num veraneio

Forte como o sol, brilha o âmago do teu ser
Quente como um vulcão, arde a tua essência
Intenso como uma tempestade, é o teu querer
Suave como uma pluma, veleja o sonho da tua existência

Oxalá o encanto das ilusões
Lance sua flecha sobre o consciente
E liberte nossos esquecidos corações
Para uma noite que se eternize em cada instante

E os sonhos que um dia vagaram tristes
Com as respirações pensativas de dogmas distorcidos
Sejam reemplazados por beijos alucinantes
Com toques, respirações e amores enternecidos

Como não sabemos sobre a estrada do amanhã
Podemos aproveitar a caminhada hodierna
E, a qualquer momento, morder a maçã
Para deixar, em nossas almas, uma doce lembrança eterna. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)


Poema CXLV

Todo o conhecimento é unutil
Se não for utilizado no ensinamento
De que a vida para ser fértil
Deve nos preparar para cruzar-mos as portas do firmamento. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Poema CXLIII

Todo o Homem deveria
Durante a sua educação
Vagar pelo mundo e sua periferia
Para entender as benesses da interação. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Poema CXLVII

Um indivíduo impregnado de virtudes
É como uma rocha firme e forte
Não existem vicissitudes
Que alterem o seu norte. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Morte

A morte estava ali observando sorridente
Homens à veneravam com respeito
Ela reinava absoluta sobre a gente
E ao seu trato não havia nenhum despeito

A morte era um ser amigo e companheiro
E como o início da vida era esperada e desejada
Para a qual existiam milhares de rituais
Que harmonicamente se realizavam à sua chegada

Assim a morte deveria ser compreendida
Como um inevitável passo à evolução
Realizado durante cada minuto da vida
Que continuará sendo feito noutra encarnação. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)


Poema CXLVI

É impressionante, mas tenho que confessar
O homem, pelo sexo oposto, fica sempre muito afoito
E imagina, todas as fantasias poder realizar
Mas restringe-se, ao tedioso, no momento do coito. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)

Poema CLVII

Se o Homem soubesse o poder das palavras
Pensaria muito antes de um verbo expressar
Porque eles podem criar bárbaras entravas
Amiudamente difíceis de se desacorrentar. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)


Poema CXLIV

O Homem que, por outras terras, nunca viajou
É como um prisioneiro numa cela
Cuja visão do mundo se encarcerou
E restringiu-se ao envoltório de sua cancela. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 04 05)

Ar

Flutuas por nossas vidas discretamente
Nos presenteia com a fonte que precisamos para viver
Contigo caminhamos eternamente
Óh! inprescindível Ar que bombeia em todo ser. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)

Observando

Os muros das fronteiras
São as mazelas de toda a irmandade
As chamas das fogueiras
São o calor da fraternidade
Os labores da abelheira
São as forças da igualdade
As notas da gaiteira
São as sinfonias da beldade
Os sucos da laranjeira
São os néctares da nutridade
Os esforços da lavradeira
São o gênesis da huminade
Os frutos da macieira
São a origem da leviandade
As profecias das feiticeiras
São as sementes da lealdade
As folhas da oliveira
São a representação da sacrificidade
Os pontos da rendeira
São as conexões da eternidade. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)

Poema CXLII

Sobre o pretexto da intelectualidade
Prolixos discursos são matizados
Sobre o pretexto da verdade
Pérfidos dogmas são profetizados. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)


Poema CXL

Sigas sempre andando
Buscando encontrar a senda
E lembresse que é caminhando
Que se forma a tua estrada. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)


Poema CXLI

Quando uma árvore encontrares
Abraçe-a com todo o teu coração
E vagarás no leito de todos os mares
Porque a natureza é uma inseparável conexão. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)


Singelo

A onda desliza plenamente na areia
A nuvem vaga suavemente no firmamento
O sangue flui efuzivamente dentro da veia
O ar preenche a paisagem com encantamento

A água escorrega livremente pelos rios
A seiva alimenta eternamente a planta
O sol ilumina o planeta num belo adágio
A lua quando aparece, a todos encanta

A divindade cria todos estas belezas
Para o homem sentir-se completo
Encontrando no espírito da natureza
A essência que forma o quadrupleto. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)

Poema CXXXIX

A vida é a mais fiel irmã da morte
Irmandade que está nos adultos e nas crianças
Morra vida de tal sorte
Que a passagem seja apenas uma mudança. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)

Poema CXXXVIII

Se eu morrer como eu viver
Morrerei com intensidade
Se eu viver antes de morrer
Viverei por uma eternidade. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 04 05)

Saturday, April 02, 2005

Revelação

Unirei as pontas de uma mesma corda
Soldarei as estruturas isoceles de um triângulo
Visualizarei tanto à direita quanto à esquerda
E entenderei a correspondência dos opostos ângulos

Cantarei as alegorias da alma
Constituirei uma prodigiosa trindade
Vibrarei eternamente sem calma
Aprenderei, do universo, a irrefutável verdade

Saberei em que coluna estarei sentado
Quando o meu espirito seguir viagem
Porque terei transmitido um probo legado
De sonhos, realizações e incansável aprendizagem. (Tadany Cargnin dos Santos – 30 03 05)

Saturday, March 26, 2005

Do Universo

Assim como as estrelas
Nascemos todos para viver no limbo e brilhar
Assim como a terra
Criamos as condições favoráveis para um eterno bem-estar
Assim como as árvores
Escolhemos nossos corpos para nesta vida passar
Assim como o vento
Podemos percorrer livremente qualquer lugar
Assim como o fogo
Somos uma chama que um dia irá apagar
Assim como a Lua
Existem momentos que nos retiramos para descansar
Assim como o sol
Sempre existe alguém que está a nos esperar
Assim como a água
Vivemos para nutrir e para a sede de outrem saciar
Assim como Deus
Somos a sua personificação e viemos ao mundo para um legado deixar. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 03 05)

Poema - CXXXVII

Que fastidioso é um solilóquio
Um êxtase egocêntrico
Atravancado num individual circunlóquio. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 03 05)

Noite

Quando a noite coloca o seu véu sobre o dia
Abre também o manto da imaginação
Teçendo malhas prodigiosas com a filosofia
Costuradas por linhas de intensa reflexão

Oh! Noite, estilista eterna do amor
Crias obras plenas de sedutoras alegorias
Que invadem os corpos repletas de ardor
Transformando cada minuto numa inesquecível magia

E no seu palacete licencioso
Concede ao homem tudo o que ele queria
Nutre-lhe com amor, virtudes e um aroma fogoso
Preceitos para esta inesquecível poesia. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 03 05)

Brasil II

Oh! Brasil, até quando serás o país do futuro?
Espero este dia desponte em nosso calendário
Para que desapareça este imenso muro
Que esconde muitos que vivem, em ti, um eterno calvário.

Talvez um dia aprendamos com a história
Para não repetir um passado de infamidades e torpezas
E, poder assim, algum dia desfrutar de glória
No teu solo, gigante pela própria natureza. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 03 05)

Poema CXXXVI

Enfadei-me com tua volúpia física
Porque tua essência estava vazia
Mas mantive viva a tua acústica
Para aquecer-me numa noite fria. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 03 05)

Thursday, March 24, 2005

Sozinho

Caminhava sozinho nas ruas da amargura
Que nem a sombra queria estar ao meu lado
Aprendi que a senda era longa e a dor era pura
E que o corpo, a mente e a alma podem andar separados

Pensava sozinho sobre um envoltório de depressão
Que até o inconsciente resolveu me abandonar
Aprendi que não existe pior droga do que a inanição
E que o meu alter ego pode estar em qualquer lugar

Navegava sozinho nos mares da solidão
que nem meu espírito queria andar comigo
Aprendi que aquele que ama de coração
encontra em todas as partes, um delicioso abrigo

Caminhei, pensei e naveguei
Tão só que estremeço apenas em lembrar
Aprendi que de todos eles ressucitei
E que sempre é possível um novo recomeçar. (Tadany Cargnin dos Santos – 21 03 05)

Poema CXXXVI

Para chegar à porta da sabedoria
É necessário um domínio dos pensamentos
Para adentrar no reino da alegoria
É necessário conheçer todos os elementos. (Tadany Cargnin dos Santos – 21 03 05)

Poema CXXXV

Quando o homem abusou de seus poderes
Foi necessário cobrir os conhecimentos com um véu
E para representar a dualidade dos seus prazeres
Convencionou-se, na divisão da unidade, o inferno e o céu. (Tadany Cargnin dos Santos – 21 03 05)

Sunday, March 20, 2005


Poema CXXXIII

Que torpe é o caminho da falsidade
Um préstito de almas vazias
Uma endemia de ambiguidades
Uma inevitável e catastrófica entropia. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 03 05)

Poema CXXX

Na solidão do mato
Muitas visões tornaram-se claras
Verdades vagaram no abstrato
E a complexidade, de tão simples, pareceu rara. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 03 05)


Poema CXXXI

De tanto olhar para o passado
Esqueceu-se de planejar o futuro
Até que, se encontrou aprisionado
Com quatro velas, dentro de cinco muros. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 03 05)


Poema CXXXIV

E disse Deus:
Cultive o teu coração e a tua mente
Para viveres num sublime apogeu
Como uma alma eterna e resplandecente. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 03 05)


Poema CXXXII

Para despertar a atenção de um interlocutor
Nada mais simples e eficaz
Do que perguntar sobre o seu labor. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 03 05)

Poema CXXVIII

Quando o homem abandonou a sua pureza
E entregou o seu livre-arbítrio à propostos ídolos
Esqueçeu-se, então, que todas as respostas estão na natureza
Espalhadas num mágico e decifrável mar de símbolos. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 03 05)

Poema CXXIX

Atrás do fogo do sol, existe um imenso império
Dentro de uma molécula de água, reside o enigma da humanidade
No ar que vaga ao léu, flutuam todos os mistérios
Envolvida no âmago da terra, flameja a bandeira da fraternidade. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 03 05)

Monday, March 07, 2005

Come back

Where have you gone?
My inseparable inspiration
Leaving me alone like a song without a tone
Now, that I’ve given you my devotion

You may be flying on the fields of liberty
But left me chained by sulks of darkness
Surrounded by emptiness and melancholy
Longing for your return and your caress

So long as I don’t know when you will come back
I will carve on the depth of my heart
For some rhymes off the beaten track
As the times when nothing could set us apart. (Tadany Cargnin dos Santos – 07 03 05)

Wednesday, March 02, 2005

Poema CXXV

Se a vida fosse um cartório
Registraria a minha ignorância
Para poder aprender um novo repertório
Que me levasse a outra estância. (Tadany Cargnin dos Santos – 01 03 05)

Over the night

In a dark night it flew over
Carrying an important mission
That soon all would discover
As the most magnificent vision

It came when all were sleepy
And spread seeds of love
Then, planted peace and harmony
That could be seen from above

From that day onwards
Mankind would enjoy the inevitability
That all hearts would beat towards
Respect, tolerance and fraternity. (Tadany Cargnin dos Santos – 01 03 05)

Poema CXXII

O que estão fazendo com o nosso mundo?
Guerras, catástrofes, dores e infinitos sentimentos profanos
Sujeiras estas que o estão tornando extremamente imundo
Sendo postas por ninguém mais do que os próprios seres humanos. (Tadany Cargnin dos Santos – 01 03 05)

Poema XXIV

Existe uma sensação
Que é eternamente indescritível
É a de viver cada ação
Num momento presente perceptível. (Tadany Cargnin dos Santos – 01 03 05)

Poema CXXIII

Durante a minha educação
Alimentaram-me com dogmas para eu acreditar
Mas, se me fosse dada alguma opção
Será que minhas crenças não iriam mudar? (Tadany Cargnin dos Santos – 01 03 05)

Thursday, February 24, 2005

Poema CXIX

Os criadores do universo, no início de suas ações
Desejaram entreguer ao homem uma força surpreendente
E, após múltiplas e criativas eulucubrações
Prendou, cada ser, com uma mente. (Tadany Cargnin dos Santos – 24 02 05)

Poema CXX

Da criança, alegria
Do jovem, utopia
Do adulto, galhardia
Do ancião, moradia. (Tadany Cargnin dos Santos – 24 02 05)

Qual

Qual poder deveria ser o reinante?
O da Igreja ou o do governo?!
O do general ou o do infante?!
O do ser externo ou o do interno?!

Qual das vergonhas deveria existir?
A de roubar ou a de vilimpediar?!
A de maltratar ou a de coibir?!
A de enganar ou a de matar?!

Qual virtude deveria se fazer louvor?
A prudência ou a gratidão?!
A justiça ou ao amor?!
A tolerãncia ou a compaixão?!

Qual estilo deveria se impor?
O do coletivista ou o do individualista?!
O do tirano ou o do apaziguador?!
O do otimista ou o do pessimista?!

Qual o santo se deveria seguir?
O ortodoxo ou o cristão?!
O hindu ou o faquir?!
O dogmático ou o sem religião?!

Qual a vida se deveria viver?
A ascetica ou a desregrada?!
A do amanhecer ou a do entardecer?!
A conformada ou a inconformada?!

Qual, qual, qual e qual
São milézimas as opções
Etc et tal, etc et tal, etc et tal
Umas são para heróis, outras para vilões. (Tadany Cargnin dos Santos – 24 02 05)

Sementes de Sabedoria II

Tentei construir um castelo na areia
Quando estava terminando a tarefa
Veio uma onda e o desmoronou

Vi uma aranha construindo sua teia
Quando ela estava terminando a tarefa
Caiu um galho da árvore e a desbaratou

Vi um pássaro construindo um ninho
Quando ele estava terminando a tarefa
Veio a chuva e o danificou

Vi um tatu construindo uma toca
Quando ele estava terminando a tarefa
Veio um trator e o arruinou

Vi tantas coisas serem construídas
Que infelizmente não se puderam terminar
Mas em todos os casos, houve uma renascida
Onde os desalojados, volveram a intentar.

Analogicamente, são os percalços que encontramos
Que muitas vezes parecem nos destroçar
Mas que servem para que aprendamos
Que a persistência e o recomeço são as bases para um eterno triunfar. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 02 05)

Poema CXXI

Educar uma criança no meio de um pernicioso lodo
E esperar que ela seja um cidadão obreiro
É o mesmo que colocar uma ovelhinha numa matilhas de lobos
E esperar que ela se comporte como um cordeiro. (Tadany Cargnin dos Santos – 24 02 05)

Entrevista

Eles chegaram de mansinho
Num momento inesperado
Invadindo, assim, o meu cantinho
E, sem esperar, fui entrevistado

A moça, Michele, era simpática e elegante
O camera-man, Claúdio, era legal e trabalhador
Tudo aconteceu num breve instante
Enchendo o ambiente com um novo odor

Agora será publicado na televisão
Como algo inusitado
Não sei qual será a repercussão
Deste momento, para sempre registrado. (Tadany Cargnin dos Santos – 23 02 05)

Poema XCVII

Que todo o homem seja dotado
Assim como são todas as crianças
De um poder mais que inusitado
Que, comumente, chamamos de perseverança. (Tadany Cargnin dos Santos – 24 02 05)

Poema XCVIII

Oxalá sempre me acompanhe uma luz envolvente
Para que quando eu tenha de enfrentar o crivo
Da morte que me segue diariamente
Ela me encontre desperto e totalmente vivo. (Tadany Cargnin dos Santos – 24 02 05)

Poema CXVI

É sumamente importante que o homem cuide de sua fala
Pois a mesma tem capacidade de transformar qualquer situação
E, se for maligna, pode ferir tanto quanto uma bala
E, se for benigna, pode expelir lavas de bem-aventurança como um vulcão. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 02 05)

Poema CXV

As pessoas passam muito tempo preocupadas
Com o fato de que a vida venha a terminar
Enquanto que deveriam estar concentradas
No fato de que ela nunca venha a começar. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 02 05)

Sunday, February 20, 2005

Missão

Em plena escuridão, alguns trouxeram a luz
E foram penalizados, e sofreram maldades
Muitos esquartejados, alguns pendurados numa cruz
Que dor para estes seres, cuja intenção era somente mostrar a verdade

Infelizmente, alguns homens não dominam seus instintos animais
E fecham os olhos aos compêndios da sabedoria
Perdendo uma chance que não volta mais
De evoluir internamente a cada novo dia

Felizmente, existem seres que vencem a provação
E percorrem o árduo caminho do desenvolvimento
Mas felizes porque cumprem com sua missão
De nutrir o coração do homem com paz, luz e entendimento. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 02 05)

Poema CXIV

Se o homem decide entrar na senda
É porque seu espírito está preparado
Mas a alma terá que receber ainda muita merenda
Para que o todo se torne iluminado. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 02 05)

Poema CXIII

Oh duro e pesado caminho que decide trilhar
São tantas provações que não sei se vem de dentro ou de fora
Oh forças juntem-se a mim para que, nesta senda, eu possa continuar
Vencendo os obstáculos atuais e os que virão com a aurora. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 02 05)

Thursday, February 17, 2005

Diva XII

A aurora sussurou no meu ouvido
Que as abelhas trariam um mel especial
Algo que jamais seria esquecido
Um visão única e transcendental

E uma folha abriu entre as árvores
Como uma reverência à tua vinda
Brilhavas ao sol como mil mármores
E a terra beijou teus pés em tua chegada

E o gramado estendeu um suave tapete
Que criou uma senda entre eu e você
Atônito fiquei até o momento que chegastes
E o meu todo ficou a tua mercê

Ao teu olhar as folhas viraram cristais
Ao teu suspiro o ar virou um perfume
O teu toque não esquecerei jamais
O teu beijo era algo sublime

O teu corpo esculpido pela natureza
Que mesmo a Lua te observava
Tua palavra simples e recheada de beleza
Professava versos que meu ouvido aclamava

Inesquecível aurora que te criou
Diva a quem doei as batidas do meu coração
Músculo este que contigou ficou
Mas feliz, pois terá para sempre a tua proteção. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 02 05)

Diariamente

Quando o sol estende suas asas
Deve o homem levantar
E, abrindo a porta de suas casas
Ir de encontro ao labutar

Quando o sol vibra verticalmente
Deve o homem recostar
E, vendo a refeição ardente
O seu corpo e espírito alimentar

Quando o sol se junta com as três Marias
Deve o homem retornar
Ao aconchêgo de suas famílias
E, em harmonia, descansar. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 02 05)

Poema CXII

Quantos alegrias tive
Quanto pecados cometi
Por isto meu coração ainda vive
Contente que, até agora, todos os momentos vivi. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 02 05)

Iluminado

Como o vento que nunca cansa
Voa o espírito da fraternidade
Que leva consigo a bandeira da esperança
Da inseparável união de toda a humanidade.

Como a abelha que produz o mel
Labuta o ser em busca da evolução
Cujo objetivo é chegar ao céu
Deixando um legado para cada nova criação

Como a árvore que produz frutos
Germina a alma de virtudes
Para abrir a mente dos matutos
Com as belezas da beatitude

Como o sol que sempre ilumina
Flameja o corpo em seu labor
Numa gestificação pantomina
Modelada de fé, esforço e amor. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 05 02)

Diva XI

Ao som da luz despistes meu ser
Como uma fada que executa sua mágica
Com teu amor chegamos ao amanhecer
Onde as estrelas sorriam numa despedida métrica

E a lua, cujo leito nos serviu de ninho
Foi esvaecendo lentamente
Enquanto o Sol nos saudava de mansinho
Oferecendo seu manto para nosso deleite

Assim, naquele calor fraterno
Descansamos nossas consciências
Num sono juntinho, aconchegante e terno
Que apaziguou ambas necessitadas carências. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 02 05)

Poema CX

Impressionante que o mundo desejou assim
Numa expressão grandiosa de destreza
Criou para você, eu um Serafim
Você para eu, uma Deusa. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 02 05)

Andarilho

Como um andarilho pela estrada
Peregrinando entre as plantações
Avistei a sensualidade da tua caminhada
E aproximei-me encharcado de vibrações

Os teus olhos tinham um desejo inocente
Agarrei a tua mão e a beijei com ardor
Senti teu pulso disparar de repente
E o teu braço cobrir teu fervor

Perguntei sobre os rumos do teu coração
Sorristes marota numa melodia sedutora
Dizendo que a vida era uma canção
Onde você a exaltava como uma fiel cantora

E ao passo de tuas notas
Toquei nos teus seios uma cantiga
De suaves beijos para abrir a porta
Do teu ventre à moda antiga

Enquanto dedilhavas nossos desejos colados
A orquestra dos corpos evoluía
Como num adágio sincronizado
Cada gesto e toque ressonavam com euforia

E nesta sinfonia palpitante e natural
Onde a vegetação era a nossa companhia
Chegamos ao acaso e saímos noutro astral
Exaltados por uma indescritível harmonia. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 02 05)

Entendendo a vida

Quando eu estava alegre
Muito amor eu recebi
Mas quando eu estava entregue
Até de mim mesmo esqueçi

Assim, quando me enxergares alegre
Compartas comigo a tua dor
E, quando me enxergares entregue
Compartas comigo o teu amor. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 02 05)

Poema CXI

Vida e Morte
Turvas facetas do mesmo ser
À vocês devo toda a sorte
Da minha aurora e do meu, inevitável, entardecer. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 02 05)

Poema CX

Impressionante que o mundo desejou assim
Numa expressão grandiosa de destreza
Criou para você, eu um Serafim
Você para eu, uma Deusa. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 02 05)

Tuesday, February 15, 2005


Sementes de sabedoria I

Ganhar sem trabalhar é sorte
Trabalhar sem ganhar é exploração
Viver sem trabalhar é morte
Trabalhar sem viver é privação

Trabalhe para ganhar
Ganhe para viver
Viva para aproveitar
Aproveite para transcender. (Tadany Cargnin dos Santos – 14 02 05)

Sunday, February 13, 2005

Vida - una Percepción Concreta

Los mayas acreditaban que el nacer es un dolor que la vida compensa
Los chinos creen que la vida es el triunfo sobre la muerte
Los esotéricos creen que la muerte es un paso hacia otra experiencia
Yo, humildemente creo, que la vida es el pináculo de una evolución cuyo único dolor es no vivirla según la voz del corazón y el aprendizaje de las inmutables leyes universales. (Tadany Cargnin dos Santos – 13 02 05)

Unearthly Civil War

Who has giving to an eleven years old boy?
The right to play God with a gun
Pointing it to innocents as if it was a toy
Deciding others faith under the sun

Adult unscrupulous minds, controllers of destruction
Leave these children free, let their infancy returns
For the God may accept you redemption
Before your soul completely burns. (Tadany Cargnin dos Santos -12 02 05)

Poema CVIII

Numa noite ao luar, encantados se beijaram
Numa tarde de primavera, exaltados se casaram
Num outono colorido, felizes viveram
Até o inverno, quando, por fim, se conheceram. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 02 05)

Poema CIX

Para construir um Templo da Verdade
Paulatinamente, abra os ensinamentos ao homem
Que este levará a estrutura à sociedade. (Tadany Cargnin dos Santos – 13 02 05)

Banind

Esperar o inesperado
Talvez possa explicar
Quando num dia ensolarado
Uma colérica carta chegar

Recheada de uma ira inexplicável
Contendo palavras escabrosas
Sem nenhum suporte palpável
Escritos por uma mão destrosa

E o imprevisto recebido, destruirá o dia
Enchendo o pensamento de aflição
Sem entender o que a mensagem queria
Transformando o cosmos, numa eterna escuridão. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 02 05)

Thursday, February 10, 2005

Poema CVII

Muitos medos correm sobre o mar de desilusão
Muita angústia jorra do vulcão da amargura
Muita dor treme no terremoto da culpabilidade
Muita ansiedade nasce na fonte do desespero. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 10 03)

Poema CVI

Quanta vida existe no ecossistema
Quanto aprendizado na escola natural
Buscai, então, compreender o esquema
Das regras básicas da vida universal. (Tadany Cargnin dos Santos – 09 02 05)

Poem II

To discourse on something is the marvel of the creative mind
To Inspire is the work of a leader
To create is the result of freedom. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 10 02)

Poem I

The thought rushed through the mind
The questions flashed on the riverside
Is that real or unreal to be kind?
Is the truth always hidden inside? (Tadany Cargnin dos Santos – 08 02 05)

À beira d´água

Água que passa sem nada pensar
Levando consigo todo o meu pesar
Limpe esta alma até abrilhantar
A chama eterna que irá flamear
O espírito elevado de um futuro avatar
Que veio ao mundo para a verdade pregar
Uma palavra escrever e uma esperança plantar
Até o dia que, missão cumprida, noutro plano irei navegar. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 02 05)

Poema CIV

Esplêndido vôo realiza o beija-flôr
À cada pétala, onde extrairá seu alimento
Mas, levará consigo um pólen genitor
Para semear outros campos de um triunfal encantamento. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 02 05)

Poema CIII

Viva como a borboleta
Cuja vida dura poucas horas
Mas que brilha como uma espoleta
Enchendo de beleza e liberdade cada inexprimível aurora. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 02 05)

Poema CII

No brilho de uma estrela
Vi o choro de uma princesa
Dançando numa aquarela
Enfeitiçada por um ato de pureza. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 05 02)

O Peixe

O rio, pariu um peixe
A água, apoderou-se dele
A maré, o libertou
O pescador, exilou-o noutro mundo

E o peixe que de todos era
Agora, de ninguém passou a ser
E como um pássaro numa tapera
Despediu-se o peixe, do seu viver. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 05 02)


Poema CI

Admirável trabalho, artística aranha
Progressivo ballet, nos sensíveis movimentos
Laboriosa teia, magneto de façanha
Acorrenta a tua presa e a leva ao firmamento. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 02 05)

Anam

Rapidamente desejos se consomem
Frivolamente os sentimentos se aprisionam
Voluntariamente se destrói o homem
Invisivelmente todas as forças se dissipam

Tanta dor em tão pouco tempo
Infinito prazer no piscar de um segundo
Abra teus olhos e oriente teus pensamentos
Pois rápido é chegar e, mais veloz ainda, sair deste mundo. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 05 04)

Friday, February 04, 2005

Imemorial

Vários tons de azuis se mescalvam na atmosfera
Suspeitando o porvir um grandioso espetáculo
As nuvens também faziam sua própria aquarela
Juntando-se até criar a forma de um oráculo

Dele sairam magníficos cavalos negros
Puxando um liteira violeta e dourada
E no seu interior parecia carregar um Deus grego
E uma ninfa que reluzia magnetizada

Os cavalos relincharam e olharam para frente
Como se estivessem procurando o seu destino
E, no meio de tanta gente
Encontraram parado, um sorridente menino

E os deuses que iam na liteira
Sorriram com um olhar satisfeito
Como uma viajeiro que peregrina a semana inteira
E, em seu retorno, descansa no aconchego do seu leito

Chegaram ao menino e o convidaram para passear
Que aceitou sentindo uma alegria inexplicável no coração
E partiram em direção ao além mar
Onde o crepúsculo se encontra com a imaginação

Nele encontraram pássaros mágicos
E fontes que jorravam uma água azul cristalina
Presságios que versavam sobre um mundo fantástico
E poléns que pareciam purpurina

Então, a carruagem parou no pé da montanha
E os passageiros desceram e sentaram-se no gramado
A ninfa disse ao menino que a vida era uma façanha
Onde cada gesto tem a aprovação de um ser alado

E o Deus disse-lhe que todos os seres eram seus filhos
Que nasceram para transmitir fé, justiça e amor
Que os mesmos tinham instintos andarilhos
Para caminhar pela terra compartilhando seu ardor

Que os seres nasceram para se conhecer
Pois da interação nasceria a tolerância
Aurora que um majestoso amanhecer
Fonte imaculada da esperança

Então, o menino levantou e, num tronco, sentou
O tronco, a sentir o peso de um salto, num movimento ágil e rebuscado
Ao que o menino se assustou
Mas recuperou-se quando, pelo próprio tronco, foi ajudado

E os dois observaram uma pequena floresta
Enquanto o tronco dizia que todos ali eram iguais
Pois neste mundo onde tudo era uma festa
Todos eram compostos da mesma matéria e, portanto, imortais

E, ao olhar para o azul da imensidão
O menino se extasiou com o nascer de uma estrela
Que era o berço de uma criação
Ostentosa, mágica, irradiante e bela

Neste momento, os cavalos começaram a relinchar
E todos olharam para ver tão bonito acontecimento
Mas eles disseram que estava na hora de voltar
Para a aurora, nascer de um novo momento

O menino, assim, caminhou maravilhado e contente
Despedindo-se de seus novos conhecidos
Pensando que voltaria novamente
A este recôndito, vilarejo esquecido

E só tiveram tempo de a casa regressar
Entrando pela janela como um trovão
Antes que os pais o viessem despertar
Cantando baixinho estrofes de um canção

Sonho, realidade, utopia ou imaginação
Tudo é a mesma coisa para uma criança
Que viaja com as asas do coração
Que não tem limites, voa sempre e com confiança. (Tadany Cargnin dos Santos – 03 02 05)

Wednesday, February 02, 2005

Projeto Universal

Quanta confusão causa a pluralidade
Que nos divaga em caminhos tantos
Uns levam ao bem, outros à maldade
Uns causam alegrias, outros geram prantos

Mas, porque não ter-mos pequenas certezas universais?
Que pudessem reger a nossa conduta
Para criar um mundo com ações mais fraternais
E, ao saber-las, nos deliciaríamos como se tivessemos saboreando uma fruta

E, com este grande sonho, mas pequeno desejo
Pedi a imaginação que me auxiliasse a descrever tal utopia
E, como dizem os espanhóis, el pensamiento fué muy lejo
Então, escrevi estas pequenas sementes para pensarmos todo o dia

Uma única raça: A Humanidade
Uma única religião: O Amor
Uma única crença: O Respeito
Um único valor: A Fraternidade
Uma única cor: A do Espírito
Uma única virtude: A Tolerância
Um único sentimento: O de Paz
Um único país: A Terra
Um único Deus: o que está em todos os corações
Um único objetivo: Conhecer-se a si mesmo. (Tadany Cargnin dos Santos – 31 01 05)

Educação

O papel da educação
Dever ser o desenvolvimento holístico do aluno
Para que o mesmo inserido numa ampla visão
Não se torne apenas um objeto de consumo

O ser humano é um grande somatório
De físico, espírito, intelecto e emoção
E desenvolver cada parte deste envoltório
É o objetivo máximo da educação

Porque o educar objetiva criar um cidadão
Que comprenda o mundo em que ele habita
E que se comprometa através de uma missão
Impactá-lo positivamente e rechear-lo de felicità. (Tadany Cargnin dos Santos – 01 02 05)

Diva X

Uma onda de volúpia invade meu corpo
Sinto o extasiante cheiro do teu oráculo
Vejo seus seios e neles sinto-me absorto
Suas pernas aprisionan-me como tentáculos

Seu calor aquece minha firmeza
Meu movimento dança dentro de ti
Toques suaves efetuados com destreza
Extasiam com suavidade nosso frenesi

Quão rápido pensamento
Passou sobre mim pela tua ausência
Seria uma premonição de um vindouro momento
Ou porque dos teus toques sinto imensa carência. (Tadany Cargnin dos Santos – 31 01 05)


Friday, January 28, 2005

Dúvidas e caminhos

Quantas dúvidas carregamos na mente, ou pelo menos creio que todos as têm, que adentram nossa mente, tomam conta dos nossos pensamentos e por minutos ou horas a fim nos isolam completamente de qualquer senso de realidade que possa existir, se é que a realidade possa ser definida. Em nossa cabeças permeiam questões de porque estamos aqui?
Qual a razão da vida?
Será que o que estou fazendo é o que eu realmente gosto?
Como posso melhor aproveitar o meu potencial?
Como saber qual o caminho que nos leva à atingir nossos sonhos?
Porque as vezes não consigo sincronizar-me com o mundo?
Porque o silêncio desperta sentimentos que tentamos evitar?
Será que a pessoa com quem estou é a pessoa certa para mim?
Etc. Etc. Etc.

Todas estas dúvidas e muitas mais são como faíscas que se espalham pelo cérebro e queimam os neurônios em buscas de respostas, respostas estas que, no melhor dos casos são tão vagas quanto uma promesa de amor eterno e, portanto, nos deixam certamente ainda mais confusos.

Esta confusão, nos faz buscar por respostas em vários caminhos da vida, como por exemplo, através da leitura de uma literatura que possa acalmar o espírito, ou prover uma certa lógica para a concepção do viver como a filosofia e a psiquiatria, mas também se pode encontrar alguma razão estruturada com uma tendência ao divagar como é o caso da psicologia, outras vezes nos jogamos de corpo e alma no esoterismo e, por assim fazê-lo, nos perdemos nas suas ramificações e nos confundimos ainda mais porque não estamos seguros se procuramos xamanismo, ocultismo, bruxaria, tarot e assim por diante.
Em certos casos creêmos que a resposta deve ser mais simples e corremos para as pipocas das prateleiras que são os livros de auto-ajuda, os quais oferecem uma calma temporária mas que cria uma certa dependência dos mesmos para uma vida melhor.
Além da leitura, existe a possibilidade de optar por terapias de grupos, algumas pessoas começam uma atividade nova como um hobby, outras optam por uma busca rápida e perigosa que é a alteração do estado de espirito através do álcool, existem também grupos que ignoram completamente certos limites e cruzam de olhos fechados e sem saber o porquê a linha da busca real e decidem encontrar as respostas através de alteração de consciência que produzem certas anfetaminas, alcalóides ou ervas.
Enfim, as trilhas à seguir com o objetivo de minimizar as ansiedades causada pelas dúvidas da vida são infinitas.
No entanto, se um ser deseja profundamente encontrar respostas que poderá reduzir a ansiedade causada pela incerteza da dúvida o mesmo deverá entrar em um caminho que é largo, complicado, demandante e desencorajador se analisado a curto prazo e se o objetivo é apenas acalmar a tempestade e não apenas conhecer a causa da sua existência. No entanto, muito embora a caminhada possa ser árdua, os frutos colhidos por desejar encontrar as reais respostas, isto é, derrubar os muros dos pré-conceitos, paradigmas e status quo e, no meio de todos os escombros, juntar os pedaços para conhecer-se a si mesmo e formar o ser que cada um deseja ser, é algo mágico, transformador e maravilhoso que compensa todos os percalços enfrentados e superados durante o trajeto. (Tadany Cargnin dos Santos – 23 06 04)

Spinning Thoughts

Go home or stay around
Satisfy yourself or please the crowd

No place to go
No mountain on the sea
No stones to throw
No toilet to pee

The drugs inspire an eclipsed empire

The blood rotates and gravity ignates

Passion stimulus
Sex orgasm
Being frivolous
Delicate spasms

The neurons connect in a complex net

The river cries and new york have mice

Only create
What the mind wishes
That is my fate
Before the dishes

The mind gets crazy when it goes to a maze

The electrons shock and the protons block

Spirits around
Bodies on ground
Inspiration a while
In a thousand mile

The cosmos is near if the love appear

The sex is hot when you smoke pot

Living aside
Alone and all
Building wide
A protecting wall

The gym is a queen when you get a teen

Rum is a blast because of the rest

Light smoke in the air
With brilliant liquid
In a cigar despair
Of a whisky vivid

The night inspires
Illusions writing
Mind full of desires
Bodies luring

The fly of bird
The fire of the dragon
The roar of the lion
The galloping of the horse
The body of a woman
Are all GOD's creation. (Tadany Cargnin dos Santos – 26 08 03)

Just it

Think about me now
Because I see that you are down
So this thought can lift you from the ground
To see happily tomorrow’s dawn. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 07 03)

Wednesday, January 26, 2005


Sentidos

Que estes olhos, tão ávidos por enxergar
Visualizem o imperceptível
Que esta boca, tão fascinada pelo sabor
Reconheça os ingredientes do coração
Que este nariz, tão aguçado para os odores
Sinta o olfato dos recônditos da natureza
Que estes ouvidos, tão sensíveis aos sons
Ouçam as melodias compostas pelo universo
Que este corpo, tão excitado aos toques
Sinta o tato das energias que cada ser contém
Que este ser, tão vivo e desejoso dos sentidos
Exale o fogo dos sonhos pelas estradas da vida. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 01 05)

Ensinamentos da Natureza

Como o vento que nunca cansa
Voa o espírito da fraternidade
Que leva consigo a bandeira da esperança
Da inseparável união de toda a humanidade.

Como a abelha que produz o mel
Labuta o ser em busca da evolução
Cujo objetivo é chegar ao céu
Deixando um legado para cada nova criação

Como a árvore que produz frutos
Germina a alma com virtudes morais
Para abrir a mente dos matutos
A fascinantes caminhos a ser percorrido por nós, meros mortais. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 01 05)

Algumas vezes

Algumas vezes a contemplo toda nua
Outras degustamos a fruta proibida
Algumas vezes descanso a cabeça no ombro da lua
Outras nos separam os caprichos da vida

Algumas vezes caminho com a solidão
Outras saboreio a tua companhia
Algumas vezes dialogo com a imensidão
Outras visualizo Jesus na barriga de Maria

Algumas vezes subo a escadaria para o céu
Outras a razão invade os pensamentos
Algumas vezes desce pelas tuas costas um magnífico véu
Outras vejo os anéis perdidos no firmamento

Algumas vezes canto com os pássaros
Outras os cães ladram nos meu ouvidos
Algumas vezes me escondo com os ácaros
Outras encontro o elo perdido

Algumas vezes me enveneno de adrenalina
Outras me cura o teu amor
Algumas vezes não dobro na esquina
Outras entrego a todos meu ardor

Algumas vezes cuido do teu jardim
Outras o intemperismo me destrói
Algumas vezes morro por pensar assim
Outras certifico-me de que a imaginação sempre constrói. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 01 05)

Mirabile Visu

Todos os dias, e em todos os momentos
Nós somos resultado de nossos pensamentos
Portanto, faça das boas ações o seu cimento
E, da sabedoria, o seu alimento
Para tornar a sua vida um inesquecível e admirado evento. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 01 05)

Poema C

Existirá maior sonífero
Que um prato de comida
É mais forte que um mortífero
Pois esgota todas as forças da vida. (Tadany Cargnin dos Santos – 26 01 05)

Crescendo com as escolhas

Quotidiano que nos transborda
Com os mais sedutores e vivazes estímulos
Que podem ser o comprar uma corda
Ou girar um quadro para mudar o ângulo

E, invadido por tantos desejos
Temos sempre que encontrar uma resposta
Para seguir adiante o cortejo
Da vida que a gente muito gosta

Mas entre o faiscar da ânsia e a combustão da ação
Sempre disponemos de um breve tempo
Para que possamos escolher com precisão
O que nos agradará naquele momento

E, como consequência de nossa decisão
Poderemos crescer internamente
Contribuindo assim, para a nossa evolução
E para a liberdade, admirável companheira da gente. (Tadany Cargnin dos Santos – 24 01 05)

Magia Negativa

Ondas de desgraça e rancor
Plantações de infelicidade
Buracos como bocas de dragões
Córregos com espíritos da maldade

Pequenas poções de angústia
Ingredientes que maltratam o ser
Dregadantes de qualquer astúcia
Sangradores da arte do viver

Ódio e inveja nas veias dos homens
Esperança e desejo na certeza dos espíritos
Junção de dores em ambos abdômens
Oxalá suas ânsias sejam casos fortuitos. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 01 05)

Poema XIC

Juntos somos mais fortes
Pensaram os transeuntes de plantão
Mas suas forças trouxeram apenas mais mortes
Porque as forças mal usadas apenas causam a destruição. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 01 05)

Desejo-te

Desejo-te toda nua
Desejo-te acordando
Desejo-te caminhando pela rua
Desejo-te sonhando

Desejo-te no dia de ontem
Desejo-te no presente
Desejo-te como ninguem
Desejo-te num fogo ardente

Desejo as tuas amoras
Desejo o teu olhar
Desejo o teu agora
Desejo o teu beijar

Desejo o teu calor
Desejo a tua alegria
Desejo o teu amor
Desejo a tua filosofia

Desejo-te como no primeiro dia
Desejo cada coisa tua
Desejo-te com toda a minha euforia
Desejo sentar contigo ao lado da lua

Desejo que o romance perdure
Desejo-te prazer ao meu lado
Desejo que esta paixão a tudo cure
Desejo-te um futuro abrilhantado. (Tadany Cargnin dos Santos – 19 01 04)


Tuesday, January 18, 2005

Mirabile Dictu

Que pessoa inconsequente
Definiu Os Sete Pecados Capitais
Pois presumiu que não haviam comportamentos decentes
E que todos se assemelhavam aos animais

Que força estranha escreveu tão insultantes inverdades
Que força nociva propaga tal discurso
Que eixo preenchido de maldades
Que fraqueza torna-se àquilo submisso

Mas, chegará o dia em que a verdade predominará
E, neste dia, o Inferno será simplesmente um ato mal
E toda a boa ação o Céu será
E toda a irmandade uma concretização universal

Neste dia, os pecados desaparecerão
E o homem assumirá sua própria consciência
E não mais haverá uma distorcida inquisição
Que retire do homem toda a sua inocência

Assim, o homem será livre para viver
E retornará ao encontro com a natureza
Suspirará extasiado com cada novo amanhecer
E enchergará os tempos com toda a clareza

E aprenderá que seu espírito é eterno
Que a interação é a chave da amizade
Que todo o presente é moderno
E que o destino é traçado pela personalidade

E entenderá porque nascemos iguais
Todos com corpo, alma, mente e coração
Para nos relacionar-mos com atitudes fraternais
Intuindo chegar ao fim livre e sereno como um sábio ancião. (Tadany Cargnin dos Santos – 18 01 05)

Monday, January 17, 2005

Nota Bene

Meus sagrados dogmas foram roubados
Minhas estruturas sociais desmoronadas
Meus impostos mandamentos dilacerados
Minha alma esfarrapada

Onde encontrarei as bases da nova vida?
Quem culparei por este apocalíptico entardecer?
Que medicina utilizarei nesta nova ferida?
Que sangra, arde e corrói meu inteiro ser. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 01 05)


Mudando os questionamentos

Sempre me perguntei porque estou vivo? De onde vim? E, para onde vou após esta vida?. No entanto, hoje, durante um momento tranquilo de refeição, ocorreu-me um pensamento que mudou completamente a direção de meus questionamentos sobre a vida e, talvez, venha a mudar dramaticamente o meu futuro, pois ao invés de reflexionar sobre as dúvidas supramencionadas, seguirei, a partir de este momento, formulando novas interrogações baseadas neste novo achado.

Conclui que as respostas sobre a nossa origem e destino, apesar de importantes, não são tão relevantes, pois acredito, a partir de hoje, que a vida é apenas uma faísca que ocorre entre dois buracos gigantescos, escuros e desconhecidos, sendo o primeiro, o período que antecede o nosso nascimento e, o segundo, o que acontece depois da morte. Assim sendo, após descartar o antes e o depois, resta-me filosofar sobre o agora e, neste agora a que chamo de vida é onde depositarei minhas dúvidas e, desta maneira, é de suma importância saber como viver a vida, e, como resultado, questionar-me se estou vivendo a minha vida? ou sendo vivido por ela? Sou o capitão deste este barco? Ou o barco está me levando à deriva? Estarei eu fazendo as escolhas? Ou serei eu resultado das escolhas?.

O leventamente destas interrogações e a consecutiva honesta busca por suas respostas, far-me-ão compreender os caminhos que me trouxeram até este momento e, certamente, ajudar-me-ão a criar, de um meio mais coerente e eficaz, o futuro desejado e, acima de tudo, auxiliar-me-ão a tornar-me quem eu realmente sou a partir do momento em que descobrir quem sou eu, pois o fato de acreditar em ser quem eu sou, não significa necessariamente que eu saiba quem sou eu e, por não sabê-lo, não poderia tornar-me algo que desconheço, mas que com a elucidação esperada pelas novas dúvidas agora surgidas, poderão auxiliar este processo de entendimento e direção da vida, assim como da perspectiva do conhecimento do eu. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 01 05)

Sunday, January 16, 2005

Poema XCVIII

A submissão da mulher em muitas culturas
Com relação ao homem é eterna
Pois sua conduta segue sendo impura
Esquecendo-se que a grandeza está na virtude e não entre as pernas. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 01 05)


Poema XCVII

Discursos magnânimos, manipuladores e curadouros
Pseudo-profetas, servos fervorosos
Sistema sem alma, sem vida e sem couro
Massificação do espírito, através de embustes religiosos. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 01 05)

Notúrnico

Alegrias voam pelos ares
Sonhos brilham de emoção
Espíritos navegam noutros mares
Invadindo as cavernas do tesão

Frenesi trancafiado no âmago
Liberto pela loucura do momento
Gotas de excitação condensadas num trago
Prazer e dor, eternos parceiros do pensamento

Roupas, corpos, copos e garrafas
Dança harmônica de euforia
Ohos tranformados em tarrafas
Procurando a pesca para a sua orgia

Lágrimas, traição, desespero e ardor
Escondem-se em cada coração
Enganadas com exímio louvor
Nos passos de outra canção

Noite que aos poucos vai sedendo
Abrindo as portas para outro dia
Almas calmamente esvaecendo
Mentes numa derradeira entropia. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 01 05)


Poema XCVI

Subir e descer, hábitos quotidianos
Queda e ascensão, labores mundanos
Noite e dia, fenômenos cartesianos
Amor e ódio, sentimentos profanos. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 01 05)

Poema XCV

Que mórbida é a trilha da verdade
Porque nela os obstáculos são horrendos
Quão sórdido é o caminho da maldade
Que nele todos estão morrendo. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 01 05)

Poema XCIV

Libertai-vos amigos de vossas prisões
Sejais sempre a flôr da tua essência
Evitais a prisão dos sermões
Cotejais com afã a vossa demência. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 01 05)

Wednesday, January 12, 2005

Poema XCII

O comportamento das mulheres
É um ato impossível de ser analizado
Somente pode ser feito alhures
Ou, para facilitar, estereotipado. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 05)

Poema XCIII

Para cada mulher casada e bonita e, por outrém, desejada
Existe um parceiro enfadado de fazer amor com ela
Cujos olhos procuram outra possível amada
E cujos sonhos eróticos não mais contemplam sua atual bela. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 05)

Intriga Corporea

Na formulação de cada porquê
Encontrei uma disparidade entre o corpo e a mente
E pasmei com a arrogância de minha psique
Com suas passagens secretas, como um esconderijo eminente

E descobri reinos mentais independentes
Que cohabitam o mesmo ser
E que levantam muros inconsequentes
Que transformam em dúvidas o meu viver

Então, como tornar-me quem eu sou?
Senão compreendo do que sou feito eu
Como um lago que já secou
Mas com um leito que ainda não arrefeceu

Será que sou guiado por instintos?
Ou penso antes de qualquer ação?
Será que atuo como um cachorro faminto?
Ou me comporto com a probidade de um cidadão?

Infinita disparidade entre a realidade e a ilusão
Que cria dois mundos intrincados em mim
Que também é uma infinita fonte de imaginação
Que geram milhares de perguntas que, oxalá, continue assim. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 05)

Poema LXXXIX

A leitura, como um meio criativo
Deve sempre levar a uma ampliação dos horizontes
Para que o cérebro continue sempre ativo
Evitando assim, que nos tornemos brutamontes. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 04)

Ledo Engano

Que sociedade hipócrita encontrei
Pois eles não entenderam a idéia
De que os sonhos que eu projetei
São os caminhos da minha epopéia

Desvirtuado grupo que se projeta noutrém
Para buscar sua satisfação
Não sabem eles que não existe ninguém
Senão o próprio ser, que vive a sua unique ilusão. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 05)

Poema XCI

A filosofia, no amplo conceito do estudo de todas as coisas
Quando inserida na minha mente
É como oxigênio para a combustão
Que transforma a vida num fenômeno inesquecível e sempre ardente. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 05)

Poema XC

Quão frívolo tornam-se os pensamentos
Que remotam à ignomínia do hodierno
Por serem controlados por sentimentos
Simples, vazios e rudes do homem moderno. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 05)

Poema LXXXVIII

Que desespero causa a fatalidade
Da morte de um ser amado
Quanta discórdia causa a leviandade
Da luta pelo patrimônio deixado. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 04)

Poema LXXXVII

Os livros, como fonte do saber
Deveriam ser tão massificados quanto a coca-cola
Pois é notável a ignorância do ser
Que substitue um livro para correr atrás de uma bola. (Tadany Cargnin dos Santos – 12 01 04)

Sunday, January 09, 2005

Poema LXXXVII

Se o Diabo é o oposto de Deus
Deus é, portanto, o oposto do Diabo
E, se Deus criou o universo e homem
O que, então, foi pelo Diabo criado? (Tadany Cargnin dos Santos – 04 01 05)

Poema LXXXVI

Quanta morte para a criação da religião católica
Quanto sofrimento para a implementação de um sistema
Será que valeu a pena o estabelecimento da doutrina apostólica?
Que matou, torturou e suprimui a vida criando, assim, no mundo um eterno edema. (Tadany Cargnin dos Santos – 04 01 05)

Veritas

Quando eu não tinha recursos
Minha companhia e idéias, para muitos, parecia não agradar
Agora tenho conhecimentos e boas relações
E todos pareçem, com estranha avidez, me escutar

Será o êxito o cajado da credibilidade
Ou a fama o falso espelho do conhecimento
Independente de qual seja a verdade
Sigo meu caminho que um dia se consolará nos jardins do firmamento. (Tadany Cargnin dos Santos – 30 12 04)

Poema LXIV

Na antiguidade o Homem beijava a mão do Sacerdotes
Pois os mesmos eram, de Deus na terra, a física representação
Depois o homem inteligentemente começou a beijar a mão das mulheres
Pois elas são, de Deus na terra, o ápice da perfeição. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 11 04)

Ao vivo num Bar

Dedos que, suavemente, correm pelas cordas
Cordas vocais que ecoam pelo ar
Ar encantador impregnado de melodia
Melodia hipnotizadora que germina dos dedos. (Tadany Cargnin dos Santos – 31 12 04)

Poema LXXXIV

Qual a magia da riqueza?
Que desperta nos seres uma inexplicável ambição
Que acaba num mar de profunda penúria e trizteza
Que como as ondas que chegam à praia e, como o ar, perecerão. (Tadany Cargnin dos Santos – 30 12 04)

Poema LXXXV

Cada suspiro que sinto pela tua falta
È como uma onda que morre na praia
Pois parece deixar apenas um rastro de inanição
Por favor onda, regresse à grandeza do mar
E leve contigo a esperança deste amor
Para que este pássaro possa novamente levantar vôo
e buscar outro ninho para se acasalhar. (Tadany Cargnin dos Santos – 30 12 04)

Questionando

Que inexplicável e infalível cenário
Onde as dúvidas cerceam os pensamentos
Será um vidente a personificação de um falsário?
Ou será a realidade uma ilusão de cada momento?

São tantas perguntas e poucas respostas
Onde estarão os oráculos para nos ajudar?
Será que os augúrios se encontrarão nesta crosta?
Ou nas lamúrias que se pregam no altar?

A leviandade e a nobreza caminham na mesma estrada
Os vícios e as virtudes se entrelaçam no quotidiano
Serão estes antagônicos partes de uma visão deturpada?
Ou serão estes paradoxos uma representação da fraqueza mundana?

Quando da criação do universo
Fizeram o bem e o mal parte da mesma visão?
E por criar um mundo perverso
Seria Deus, o culpado pela gênesis do caos e da destruição?

A estruturação social denota uma ramificação
De intelecto, atitudes, conduta e conhecimento
Será que os pobres nasceram para ser segregados da evolução?
Ou será que os ricos são os opressores que destruem com avidez qualquer novo alento?

Os brilhos de sonhos, de alegria e esperança
Pavimentam o caminho no qual se projeta o amanhã
Será que esta trilha só é percorrida por jovens e crianças?
Ou será que os adultos se auto-flagelam pela mordida na maçã?

Quão cambaleante é o ser humano em suas virtudes
Que navega nos mares dos valores de acordo com a maré
Será isto uma próspera e elogiosa atitude?
Ou um câncer que se contagia pela ma fé?

São tantas as interrogações que invadem este frágil ser
Que os desejos de responder-las abre as asas da imaginação
Espero ansiosamente encontrar estas respostas a cada novo amanhecer
Ou jamais as encontrarei porque o mundo está sempre em mutação? (Tadany Cargnin dos Santos – 30 12 04)

Thursday, December 23, 2004


Dúvidas

Será que estou vivo enquanto sonho
Ou sonho enquanto estou vivo?
Será que desperto para viver
Ou vivo para despertar?

Será que sonhar é viver?
E despertar é morrer?
Será que despertar é viver?
E sonhar é morrer?

Morremos quando sonhamos
Ou sonhamos quando morremos?
Vivemos quando despertamos?
Ou despertamos quando Vivemos?

Sonhamos enquanto morremos
Ou morremos enquanto vivemos?
Despertamos quando sonhamos
Ou sonhamos quando vivemos? (Tadany Cargnin dos Santos – 23 12 04)

Poema LXXXIII

Vivemos para sonhar!
Sonhamos para despertar!
Despertamos para viver!
E vivemos até morrer!. (Tadany Cargnin dos Santos – 23 12 04)


Poema LXXXII

Ontem sonhei que dormia
Hoje sonhei que vivia
Ontem despertei enquanto dormia
Hoje despertei enquanto vivia. (Tadany Cargnin dos Santos – 23 12 04)

Wednesday, December 22, 2004

Poema LXXXI

Nas colunas da virtude humana
Penduram-se valores de todas as qualidades
No solo da ignorância mundana
Rastream vícios de incuráveis profanidades. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 12 04)

Poema LXXX

Que fascinante e, ao mesmo tempo, hiliriante
Conta nos apresenta a vida
Pois assim como no início faz nosso coração pulsar
No fim, como cobrando uma promessa, faz nosso imaculado músculo parar. (Tadany Cargnin dos Santos – 22 12 04)

Friday, December 17, 2004

Pleno

Cuando una mano lucha contra la maldad
Dios la llena de coraje y pasión
Cuando el hombre lleva la llama de verdad
Dios la prende con el fuego de su corazón

Cuando el hombre cruza el mar de la oscuridad
Dios lo orienta a través de las estrellas
Cuando el hombre peregrina por la hermandad
Dios ilumina su camino con centellas

Cuando el hombre planta en la tierra de la virtud
Dios pone el adobo en su plantación
Cuando el hombre descansa en su ataúd
Dios lo ascenderá a su mansión. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 12 04)

Poema LXXIX

Como uma mera especulação
Pense na pergunta ser ficar atônito
Porque existe tanta discriminação
Se todos os seres são, em essência, um espírito? (Tadany Cargnin dos Santos – 17 12 04)

Poema LXXVIII

Nada termina tanto com um sossego
Quanto a temeroza dor do desapego. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 12 04)

Thursday, December 16, 2004

Predicting

Before the world was created
Everything was organized
The rituals were established
And the man was invented

But the condition was clear
That man must someday disappear
The rituals must remain always near
And the past would jump into another sphere. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 12 04)

Wednesday, December 15, 2004

Soneto da Arte

Ela é o oraculo de nosso inconsciente
Transmitida através da perfeição
Ela é a a eterna chama vigente
Que pavimenta as ruas da imaginação

Ela transforma o azul numa aquarela
Cria rosas nos jardins de marte
Ela desfila onipresente na passarela
Pois ela é o que chamamos de Arte

Vis-a-vis com a criatividade
Imaginas o inimaginável na sobriedade
Eres por todos carinhosamente querida

Tens o brilho eterno da primavera
Sine qua non para navegar em qualquer esfera
E transcender este breve espaço que chama-se vida. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 12 04)

Soneto do Coração

Enclausurado nas grades do abandono
Prisioneiro de desejos irrestritos
Esprimido por um falso engano
Chore coração e desopile num grito

Coração singelo que vive apaixonado
Portas abertas para a felicidade
Algumas vezes eres maltratado
Chore coração, mas persiga sua vaidade

Esqueça as dores do passado
Como um pecador que é perdoado
E imprima novas paixões em sua trajetória

Ame sempre, exploda de emoção
E que todo o amar seja repleto de tesão
Que desemboque no mar da tua glória. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 12 04)

Paradoxo

Quão gracioso paradoxo
Senti quando passava por uma construção
Onde se levantava um templo ortodoxo
Um operário se libertava com um baseado na mão

Uma cena tão chocante e audaciosa
Onde o desrespeito chorava de alegria
Isso mostra como a vida é caprichosa
Pois estes extremos invadem o nosso dia-a-dia. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 12 04)

Dor

Como um rio violento que passa com sua corredeira
Passa o ódio destruindo a harmonia
Uma trapaça pior que uma rasteira
Um malefício que destroça qualquer utopia

Como o sol que passa pela tarde
Passa a falsidade enganando a inocência
Passes para sempre inexorável enfermidade
Inóspito ninho de decadência

Como a lua que aparece à noite
Das entranhas da escuridão brota a inveja
Arma letal que corta mais que um açoite
Rasgando a virtude do que ela almeja.

Como espinhos que ainda florescem
Algun seres deturpam os valores
Ojala as luzes do amanhã renasçam
E plantem nesses corpos novos odores. (Tadany Cargnin dos Santos – 05 12 04)

Wednesday, December 08, 2004

Diva IX

Estava sentado na estrada da imaginação
Despreocupado com o quotidiano
Nada parecia mudar tamanha inanição
Até que você apareceu no meu plano

Entrastes de mancinho e sem intenção
Depois foi plantando sementes de amor
Nunca pensando onde terminaria a canção
A tua presença culminava com esplendor

Estacionastes o veículo do amor
Dentro da minha alma e do meu coração
Navegamos na linha de baixo do Equador
Atravessamos os portais desta dimensão

Exploramos lugares inimagináveis
De nossos seres, do universo e da vida
Na ânsia de descobrirmos idéias maleáveis
Argumentamos sobre a certeza definida

Extenuamos os caminhos da história
Desvendamos os mistérios do prazer
Nutrimos a virtude e a glória
Amamos as plantas e o amanhecer

Estendemos este nirvana de um porvenir
Docilmente até o momento da partida
Novos caminhos tivemos que seguir
Até que uma encruzilhada nos encontre nesta vida

Enquanto isto, que a tua estrela vibrante
Distribua os admiráveis valores do teu ser
Notável princesinha de amor contagiante
Aqui te espero para um novo entardecer. (Tadany Cargnin dos Santos – 07 12 04)


Sunday, November 28, 2004

Aflição

como posso pensar na vida?
se o meu coração está em pedaços
sinto a dor de uma ferida
e a presença de muitos percalços

hoje é um daqueles dias
onde o vazio preenche os pensamentos
a sensação prevalecente é a de agonia
e a ilusão é o meu descontentamento

as flores perderam o seu brilho
o céu ficou extremamente cinzento
a música não mais motiva este andarilho
e a dor pareçe ser o único alento

a leitura, companheira de muitas horas
afastou-se de mim furiosamente
pois sentiu que não existe aurora
que ilumine este depressivo momento

a única esperança são algumas palavras
que solidariamente juntaram-se a mim
para ajudar-me a livrar-me destas entravas
que destroçam a iluminação do meu jardim

e como um testamento de aflição
comparto contigo minha imensa dor
mas não te preocupes com esta sensação
que num segundo partirá nas asas de um condor. (Tadany Cargnin dos Santos – 28 11 04)

Thursday, November 25, 2004

Detalhes perceptiveis

No detalhe dos olhos
Choram as mágoas do arrependimento
Na ilusão do futuro
Enterram-se as dores do esquecimento

Na esperança do presente
Germina a flor da azaléia
Num esperma ardente
Jorra a chama da epopéia

Na lágrima caindo
Flutua a dor do perdido
No suspiro profundo
Se enterra a semente do esquecido

Na palavra precisa
Corta a chama da verdade
Na resposta incisiva
Dorme o germem da serenidade. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 11 04)

Perdido

Perdi a linha do pensamento
Quando compartilhei o quotidiano
Numa masmorra de um relacionamento
Onde tudo se torna pequeno e insano

Porque a vida a dois é uma falácia?
Onde cada um finge ser para viver
Perdido na aquarela da Anastácia
Enganosa realidade até o dia de morrer

Porta-se bem minha alma
E sigas a trote o teu caminho
Enquanto isto mantenha a vibração e a calma
E contemples a beleza de viver sozinho. (Tadany Cargnin dos Santos – 25 11 04)

Saturday, November 20, 2004

Poema LXXVII

Todos os caminhos são importantes
Mas dependem de cada ser humano
As decisões sobre o que fazer na caminhada
Pois no final do dia
Os passos são mais importantes que o próprio destino. (Tadany Cargnin dos Santos – 20 11 04)

Enquanto

Enquanto houver fome na terra
Escutarei meu coração chorando sozinho
Enquanto um homem suscitar guerra
Espalherei como antídoto muito carinho

Enquanto visualizar injustiça social
Estarei compartilhando uma felicidade
Enquanto a pobreza for assunto banal
Extenderei a mão como caridade

Enquanto sentir um ser excluído
Estarei a mercê de uma dor incurável
Enquanto houver fanatismo corroído
Explicarei que Deus é maleavel

Enquanto houver seres de bom coração
Encantar-me-ei com a possibilidade de mudança
Enquanto o homem acreditar na divindade da criação
Estarei feliz porque sempre haverá esperança. (Tadany Cargnin dos Santos – 20 11 04)

Cambio

El primer poema uno jamás se olvida
Principalmente cuando uno cambio el idioma
Porque muda la percepción de la vida
Y presenta al cotidiano un nuevo aroma. (Tadany Cargnin dos Santos – 20 11 04)

Poema LXXVI

Me esqueçi de um antigo ditado popular
Mas notei que podia criar um novo
E dei-me conta de que tudo se pode imaginar
E compartilhar com todos para a alegria do povo. (Tadany Cargnin dos Santos – 20 11 04)


Frase

Um dia ouvi uma frase explendorosa
Que mudou o curso do meu destino
Uma voz falou-me:
a vida tem que ser gloriosa
Criativa, imaginativa e alegre como a vida de um menino
.

Desde então vivo sonhando
Contente nos caminhos que percorro
E um futuro mágico sigo sempre buscando
Onde no final verei tudo de cima do morro. (Tadany Cargnin dos Santos – 20 11 04)

Monday, November 15, 2004

Solidão

Solidão nas cavernas do himalaya
Solidão nos capelas do vaticano
Solidão nos escritórios de wall street
Solidão no barraco da favela

Solidão no salão do imperador
Solidão no teatro kodak
Solidão nos salões ovais
Solidão no corredor

Solidão no poder
Solidão na inveja
Solidão na ambição
Solidão no morrer

Solidão na guerra
Solidão nas celas dos guetos
Solidão na tortura
Solidão na terra. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 11 04)

Poema LXXV

Quando um homem não pode mais amar sua mulher
Aconselha-se que o mesmo a deixe ir de sua mente
Para não ser traído por outro qualquer
E como resultado evitar tornar-se um ser impotente. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 11 04)


Poema LXXIV

Enganoso gesto varonil
Que faz o homem mudar sua direção
Para justificar qualquer ato vil
Que realmente chama-se traição. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 11 04)


Poema LXXIII

Quando o amor se torna uma amargura
E o que era paixão se converte em ódio
Que melhor maneira de acabar com esta tortura
Do que um amigável divórcio. (Tadany Cargnin dos Santos – 15 11 04)

Sunday, November 14, 2004

Tempo

Interessante é o tempo, pois o mesmo passa por nossas vidas levando a cada segundo um pedaçinho delas junto com ele, como se o mesmo tivesse um amor eterno pelas nossas preciosas almas e, mais que um amor, uma infinita abnegação que o faz dependente das mesmas para seguir adiante como o vento que sopra no mar levando a onda até a mesma quebrar-se na beleza da areia.

Pondero muitas vezes se este relacionamento não nos faz escravos do mesmo pois a cada tic-tac soado é uma parte da gente que é roubada pelo tempo, o qual por devoção ou capricho retém consigo mesmo os nossos segundos e os guarda em cofres tão fortes e selados que jamais poderemos recuperar ou ter acesso àquele precioso segundo vivido.

Seria então, o Vento, o maior abigeatários de todos os tempos, o vilão irresponsável e inescrupuloso que friamente nos impossibilita de ter controle sobre a mais preciosa jóia que nos é presenteada ao nascermos que é a possibilidade de viver (ou reviver) cada segundo ou seremos nós que em nossa limitada interpretação da vida hodierna que vendemos nosso tempo ao tempo dando-lhe assim o poder de trancafiá-lo em sua caverna e privar-nos do mesmo?

Qualquer que seja a opção, quisera que o tempo, este imaculado ser que nos acompanha nos sirva de maestro nos labores de viver e que o mesmo não nos abondone até o último segundo quando, em forma de adeus pelo longa trajetória juntos, nos libertaremos de sua dependência e voaremos livre em direção a um outro tempo qualquer. (Tadany Cargnin dos Santos - 14.11.04)


Monday, November 08, 2004

Poema LIXX

Como o mar que um dia termina na areia
Chega ao fim todo o amor
Mas este mesmo mar sempre traz outra sereia
Para colorir a alma do sonhador. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 11 04)

Poema LXXI

E a mão que percorria o teu corpo
Com teu fogo tornou-se um vulcão
Que explodiu particulas de amor
Pelo vale de nossa paixão
E criou pavões coloridos
Que como uma aquarela de fervor
Invadiu o brilho da tua essência
Na caverna de tua sexualidade
Lugar este, onde pousei meu pássaro
Que ferventemente sincronizou-se com teu movimento
Para navegarmos juntos no lago do prazer. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 11 04)

Poema LXXII

Não sei qual ato corrói mais a alma humana
Iludir-se no vício nocivo de um cassino
Ou domingo de madrugada ser despertado pelo barulho de um sino? (Tadany Cargnin dos Santos – 06 11 04)


Falso Profetizar II

Se Deus descansou no sétimo dia
Que supostamente é o indescritível domingo
Porque tão cedo os sinos tocam com galhardia
Para interromper o sagrado descanso de nossas almas? (Tadany Cargnin dos Santos – 06 11 04)

Falso Profetizar I

Malditos seres que em nome da religião
Nos domingos cedo pela manhã
Tocam os sinos e nos despertam de nossos sonhos.
Fanáticos, falsários e sem coração
Que erroneamente em nome de Deus
Transformam o magnânio ato de dormir
Numa tormenta incomparável
E num despertar sofrido, rancoroso e lamentável. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 11 04)

Poema LXX

Que linda é a mente humana
Que em questão de segundos
Produz as mais fascinantes aventuras
E cria mágicos e inesquecíveis mundos. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 11 04)

Thursday, November 04, 2004

Poema LXIII

Uma empresa é uma organização
De pessoas que não sabem o que estão fazendo
Mas que chamam isto de profissão
Para seguir no sistema acreditando. (Tadany Cargnin dos Santos – 04 11 04)

Poema LXII

O dinheiro é apenas um faceta da felicidade
E não deve ser o objetivo pelo qual se trabalha
Pois o único benefício do mesmo é proporcionar a comodidade
E os que a ele se escravizam fazem do dinheiro a sua própria mortalha. (Tadany Cargnin dos Santos – 04 11 04)

Dia dos Mortos em Pátzcuaro

A morte estava ali observando sorridente
Homens a veneravam com respeito
Ela reinava absoluta sobre a gente
E ao seu trato não havia nenhum despeito

A morte era um ser amigo e companheiro
E como o início da vida era esperada e desejada
Para a qual existiam milhares de rituais
Que harmonicamente se realizavam a sua chegada

Os índios neste grupo acreditam em reencarnação
E que no dia dos mortos, os espíritos retornam para visitá-los
Para isto eles preparam toda uma celebração
Onde o objetivo é aos visitantes contentá-los

Que riqueza de cultura tem esses indigenas magnetizantes
Que que tem na morte uma forte crença
E para ela preparam oferendas fascinantes
Com flores, pães, bebidas, velas, amor e esperança

Com todos estes conceitos milenares
A noite passa de maneira sinérgica e inexplicável
Enquanto os indíos fantasiados de águias, caveiras e jaguares
Fazem do ritual aos mortos uma celebração interminável. (Tadany Cargnin dos Santos – 04 11 04)

Complemento

Para cada derrota que sofremos
Existe uma nova esperança que nos motiva
Para cada doença que temos
Existe uma cura que nos reaviva

Para cada plantação que colhemos
Existe um novo campo sendo semeado
Para cada dor que sofremos
Existe uma alegria em nosso costado

Para cada aurora de guerra
Existe um armistício sendo assinado
Para cada opressão sobre a terra
Existe um carinho sendo compartilhado

Para cada depressão que enfrentamos
Existe uma força interior que nos recupera
Para cada temor que encaramos
Existe uma coragem que nos lidera

Para cada pensamento negativo
Existe um sonho positivo
Para cada verso emotivo
Existe um poeta intuitivo

Para cada amor que deixamos
Existe um novo por vir
Para cada estação que mudamos
Existe um novo caminho para seguir

Para cada noite que escurece
Existe um amanhecer que floresce
Para cada vida que desaparece
Existe um novo ser que nasce

Para cada dia que acordamos cansados
Existe a felicidade do simples acordar
Para cada pesadelo sonhado
Existe a beleza do despertar

Para cada música que ouvimos
Existe um compositor inspirado
Para cada alegria que vivemos
Existe a satisfação de um desejo almejado

Para cada objetivo buscado
Existe a motivação de terminá-lo
Para cada sonho desejado
Existe a força de poder executá-lo. (Tadany Cargnin dos Santos – 04 11 04)

Wednesday, November 03, 2004

Hábitos

Os hábitos começam com o simples consumo
Para satisfazer o desejo do momento
O qual julga-se sempre ser oportuno
Que quando saciado gera um momentâneo esquecimento

Mas a repetição impensada de qualquer uso
Propulsa uma força tão forte quanto o vento
Que muitas vezes leva a um constante abuso
Que quando diagnosticado cria a dor do arrependimento

Mas como a flecha que deixa o arco
O consumo feito é ar respirado
Cujo padrão tem de ser desfeito no marco
Que sem pensar foi na mente instaurado. (Tadany Cargnin dos Santos – 03 11 04)

O Espelho

No exato momento que um copo d´água regava a minha garganta
O espelho do quarto olhou-me com uma cara de sede profunda
Solidário do momento, interrompi meu prazer
E atirei o restante d´água no espelho
Com o qual o mesmo ensopou-se de alegria e, em retorno, sorriu-me satisfeito

Enquanto isto, um ser ¨normal¨ que a tudo observava
Disparou-me uma incompreensível e insana frase que dizia
¨estas louco em atirar água no vidro do espelho¨

Tranquilamente e com a paz de um monge ignorei o ofensor
Pois o mesmo não pode visualizar que até as coisas materiais
Possuem uma energia e uma força que os movem

Pois tudo o que é natural vem, em sua essência de formação, da natureza
E esta que é a progenitora de tudo o que existe

E, por ler meus pensamentos,
O espelho sorriu-me novamente,
Mas agora com mais ênfase e felicidade que anteriormente
Como que dizendo-me

Sede eu tinha
Sede já não tenho
A sede que era minha
Foi-se embora com empenho

Obrigado por entender-me
Sou grato por sua atitude
Que pena que o ¨normal¨ não pode ver-me
Pois em mim ele pode ver todas as suas virtudes

Assim, fechei os olhos por alguns instantes
E com uma satisfação inocente
Voltei a vida hodierna. (Tadany Cargnin dos Santos 02.11.04)

Wednesday, October 27, 2004

Imaginação

Que seria do homem sem a imaginação?
Que é a fonte de alegrias inesquecíveis
Que nos possibilita vagar em qualquer dimensão
Sendo qualquer elucubração algo factível

A imaginação nos ajuda a criar o amanhã
Nos transporta para qualquer paraíso
Fez Eva com toda sua volúpia comer a maçã
E traz ao rostro uma magnifica representação de sorriso

A imaginação nos faz ver o deserto
Sentindo na pele o todo o seu calor
Nos ajuda a ver um vulcão de perto
E caminhar num campo de tulipas embriago com seu odor

A imaginação nos aproxima da mulher amada
Criando um castelo do sonhos palpável
Nos faz vagar por todas as estradas
E conhecer campos de beleza inigualável

A imaginação cria um mundo tolerante
Acaba com a violência e a desigualdade
Nos torna companheiros de um mundo mutante
E torna a angústia em serenidade

A imaginação acaba com a religiosidade
Pois sabe que existe um só Deus
Ela transforma o planeta numa comunidade
Todos iguais, católicos, islâmicos, budistas e judeus.

A imaginação encontra todas as soluções
Para a natureza, o universo e a sociedade
Nos brinda com magníficas criações
Que nos acompanham pela eternidade

A imaginação é o cerne da prosperidade
Pois é a alavanca que implementa mudanças
Que visam um futuro de sustentabilidade
Para homens, mulheres e crianças

Ela é um nirvana em ascensão
Pois possibilita fazer tudo num mesmo segundo
E lembrem-se que foi com a imaginação
Que em estado de graça Deus criou o mundo. (Tadany Cargnin dos Santos – 27 10 04)