Friday, July 30, 2004

Convergência

Estar no lugar certo na hora certa
É certeza de satisfação
Estar com a pessoa certa no lugar certo
É certeza de realização
Estar na hora certa com a pessoa certa
É certeza de conexão
Estar no lugar certo, na hora certa e com a pessoa certa
É inexplicável, inesquecível e deixa marcas eternas no coração. (Tadany Cargnin dos Santos – 30 09 07)

Uma crítica

Quem inventou a Educação Física
Como disciplina de um colégio
Foi para tornar a mente tísica
E merecia ser punido por tamanho sacrilégio

As escolas deveriam ter um disciplina
Que abrisse os horizontes do estudantes
Seriam liceus para conhecer a matéria-prima
Demonstrando a natureza para os novos amantes

Porque enquanto a primeira é limitada e decrescente
Pois apenas trabalho com o corpo físico
O entendimento da natureza os torna transcendentes
Por conhecer os ciclos espirituais, biológicos, naturais e químicos. (Tadany Cargnin dos Santos – 30 07 04)

Thursday, July 29, 2004

 
História e Cidadão

Falácias politicamente aceitáveis
Nos ensinam nos livros de História
Desvirtuação de momentos memoráveis
Onde sangue e dor levaram a vitórias

Lástima profunda que o passado não retorna
Para reverter o tempo e restaurar a verdade
Quiçaz moldar o ferro noutra bigorna
Ou ver no pó das cavernas a felicidade

Milhares de interações sintetizadas num capítulo
Vã ilusão de uma realidade descrita
Encerrando uma onda num cubículo
Escondendo a pureza que por liberdade grita

Abri-vos os olhos com discernimento
Sejais crítico e sempre curioso
Sejais eterno em cada momento
Que é a base de um cidadão prodigioso. (Tadany Cargnin dos Santos – 29 07 04) 

 

 
Nirvana

Vislumbrado por uma dialética prolífica
Enfeitiçado pela sutileza sonora
Fantástica predileção de uma era pacífica
Voraz memória de tempos de outrora

Eras de transcendência espiritual
Homem, terra, cosmos e moléculas
Momentos eternos de harmonia natural
Pináculo de perfeição amontoado em células.  (Tadany Cargnin dos Santos – 29 07 04)

 
Sintético

No silêncio da noite
Espíritos vagam desesperadamente
Os escravos choram no açoite
E os cães ladram incessantemente

Nos ruídos do dia-a-dia
Almas trabalham vertiginosamente
Os sonhos se misturam com a fantasia
E os pássaros voam livremente

No espaço de um mês
A lua muda a sua estação
O salário possibilita embriaguez
E a seca continua no sertão

No final de um ano
Chega um tempo de renovação
A mente e o corpo buscam um novo plano
E a esperança invade cada coração

Quando uma década passa
O ecossistema sofre várias mutações
Se aprende a viver os percalços com muita graça
E o sol continua aquecendo nossos verões

E ao chegar no fim da estrada
A serenidade já é uma amiga antiga
Que nos ensina que a melhor morada
É aquela ao lado de uma pessoa amiga. (Tadany Cargnin dos Santos – 29 07 04)

Sunday, July 25, 2004

 
Ruela

Seres morando na rua da nostalgia
Com vizinhos na rua da esperança
Esperando o ônibus da profecia
Transcendida nos olhos de uma criança

Bairro com ruas eternizadas
Árvores observando as janelas
Que abertas mostram a felicidade
Vizualidades numa magnífica aquarela

Desejo bonito de viver no outro lado da cidade
Onde a harmonia impera com galhardia
Onde a cortesia é vista com bondade
E a lei básica é um convívio de alegria. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 07 04)

 
Solidão

Acordado ao lado de uma amante
Cujo nome transparece solidão
Perguntando-se como um infante
Porque todos os humanos tem esta sensação?

Ela ali tão perto e também tão longe
Como os proibidos escritos sagrados
Escondidos na memória de um monge
E pela maioria não acessados

Perdido no olfato daquela roupa
Cheiros infiltrados de pó cósmico
Sentimentos não vividos com nenhuma outra
Cujo caminho termina na entrada do pórtico. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 07 04)

 

 
Ruido

Som horripilante chora no ambiente
Barulheira ensurdecedora
Não existe ouvido que aguente
A música desta boate enlouquecedora

Ruido que dói no ouvido
Belezas que fingem existir
Um ser assim não foi parido
Porque com este som não se pode viver. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 07 04)

 
Refugio

Nunca mais você entrou em contato
Perdida saliva que acaricia o amor
Seguiste um refúgio no caminho do anonimato
Toques mágicos vividos com ardor

Companhia que chorava na esquina da amargura
Garrafas de vinho evoluindo em tesão
Uma estrela refletida numa armadura
Lágrimas de ansiedade perdidas na imensidão

Um trem de partida para outra dimensão
Dois passageiros ansiosos pelo som eterno
Um acidente destruiu a embarcação
Destroços perdidos num choro materno

Se apagou assim o caminho do espírito
Nuvem passageira no céu da imaginação
Prazeres eternizados num morrito
Odores perdidos na imensidão. (Tadany Cargnin dos Santos – 17 06 04)

Poema XVIII
 
Como apagar as magoas do passado?
Como reconstruir um novo amanhã?
São estranhos caminhos para ser encontrados
Mas simples como o porquê Eva mordeu a maçã. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 07 04)

 

Poem XVII

There is no place for pain
There is no illusion around
There is no time again
There is no poem so profound

Is there a Christ Somewhere?
Is there an answer for anyone?
Is there a soul to bear?
Is there transcendence in someone?

How can we live with harmony?
How to enjoy every moment?
How to believe in infinity?
How can be eternal a judgment?

Why do we live this life?
Why do smile at anything?
Why does a man need a wife?
Why does a bible some message bring?

Nobody has a definite answer
Everybody moves on with the path
All of us are looking for a transfer
That gives meaning for our breaths. (Tadany Cargnin dos Santos – 16 07 04)

 

 


Sunday, July 11, 2004

Crescendo

Tomei a estrada que leva às alturas
Seus caminhos eram árduos e perigosos
Mas a magnificência da natureza compensava a aventura
Que as dificuldades se misturavam com lugares tortuosos

Segui subindo levado por uma força contagiante
Como se fosse sugado por um magneto
Quanto mais alto mais o sentido era extasiante
Até o momento que visualizei-te de perto

Sua presença era energética, bela e magnífica
Suas linhas eram bem definidas, marcantes e retas
Sua imagem transmitia uma sensação pacífica
Que tive de ver no seu topo um profeta

Fui passando ao seu redor cheio de amor e coragem
Compenetrado em observar e memorizar cada detalhe seu
Até que a fui deixando para trás desaparecendo como uma miragem
Carregando comigo suas lembranças num coração de Orfeu

E senti que já podia parar de transcender
Nesta escadaria que me levou até o seu coração
Pois esta era a experiência que desejava viver
Para que pudesse despertar uma nova percepção. (Tadany Cargnin dos Santos – 10 07 04)

Poema XIV

Roendo uma noz ao pé da árvora estava um esquilo
Produzindo sua sinfonia num galho acima estava um grilo
O vento trazia suavemente o distante odor de um zurrilho
Que paz, que harmonia, que leveza, que lugar tranquilo. (Tadany Cargnin dos Santos – 10 07 04)

Poema XVI

Na mangueira da alma
Se aprisiona uma paixão
Abra a porteira com calma
E deixe o sentimento ir-se ao coração. (Tadany Cargnin dos Santos – 10 07 04)

Poema XV

Será que existe amor?
Será realidade uma paixão?
Será bonito sentir dor?
Será prazeiroso sentir tesão? (Tadany Cargnin dos Santos – 10 07 04)

Thursday, July 08, 2004

Bonne Journée

Visualizei seu corpo num mapa
Ao que meus olhos o percorreram sagazmente
Perdi-me ao adentrar em sua escarpa
Encontrei-me tendo seu peito como horizonte

Nas tuas reconditas montanhas
Experimentei a maciez da relva
Nas curvas de tuas entranhas
Naveguei por dentro da tua selva

Nos enigmas de teu vale
Deparei-me com a trasncendência corporea
Visões de uma fantasia que não se cale
Vozes épicas de uma sensação ilusoria. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)

Poema XIII

Dizem que o amor é sine que non
Para uma evolução passo-a-passo
É a chave que abre o Phartenon
É o oráculo de um Parnasso. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)

Poema XII

Que a loucura invada o teu peito
Para que o mesmo jamais se aflige
Nunca deseje ser o indivíduo perfeito
Noblesse Oblige. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)

Originalidade

Que torpe e insignificante dialética
Que destrói inspirações e a liberdade
Que falsa arrogância profética
Que compensa a falta de originalidade

Vã aspiração por fingídos aplausos
Profanas edições de insignificância
Frivolidades perdidas em causos
Besteiras jorrando em abundância

Num refúgio da expressão
Se encontraram Blake y Machado
E cambiaram a anterior visão
De que a pureza da escrita tinha se acabado. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)

Wednesday, July 07, 2004

Ferida

De repente o coração se abre
E efuzivamente jorram rios de sangue
Insustentável dor que o invade
Que transforma o paraíso num mangue

Destroçado por uma omissão
Vilinpediado por um engano
Explodido por toda a criação
Inocente crença noutro ser humano

Oxalá a ferida se coagule
Tempo passe e traga um novo amanhecer
E que o novo mundo anule
A decepção de te conhecer. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)


Extinguindo

O gatilho prepara-se para disparar
Olhos ardentes de vingança
Mais um ser para se executar
Logo estará extinta toda a vizinhança. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)

Poema XI

A tristeza oferecia carona na estrada
Pois sua amargura necessitava carinho
Infelizmente sua trilha estava desabitada
E ela regressou solitária ao seu ninho. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)

Poema X

Como uma montanha ereta
Navegues seguro e com coragem
Crieis a realidade certa
A trancendas a beleza da viagem. (Tadany Cargnin dos Santos – 08 07 04)

Tuesday, July 06, 2004

Inesquecível

Deslizando sobre uma teia de aranha
Entorpecido pelo inebriante perfume
Tocando suave e cheio de manha
Os teus seios em seu cume

Navegando na força da tua pulsação
Descansando no oráculo que recebe o amor
Macios e voluptuosos pedaços de paixão
Que fervem umedecidos e com ardor

Descendo pelo macio da tua pele
Ancorando no receptáculo da orgia
Fervendo como o centro do planeta
Dando asas a todas as fantasias

Flutuar harmonico e apaixonante
Duas almas numa dança eterna
Odores, sentidos e corações pulsantes
Inesquecível valsa hodierna. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 07 04)

Poema IX

Um sonho é a possibilidade de converter algo em realidade
Uma ilusão é uma falsa realidade criada pela mente
Separar estes conceitos com sobriedade
Proporciona um estado de euforia permanente. (Tadany Cargnin dos Santos – 06 07 04)

Sunday, July 04, 2004

Superando-se

A derrota pertençe àqueles que lutam
Que demonstram vontade de vencer
Aqueles que com sonhos labutam
E para estes não existe o perder

A derrota significa que faltou um pouco
Para atingir o desejado objetivo
E, para estes, o amanhã é um novo dia
Onde continuar lutando significa estar vivo

E o fazem de cabeça ereta
Buscando forças dentro do coração
Para novamente encontrar suas metas
E transformar em realidade qualquer ilusão. (Tadany Cargnin dos Santos – 04 07 04)

Saturday, July 03, 2004

Pensamento

O limite do pensamento
Está solidificado na capacidade de imaginar
De transcerder os conceitos de tempo
E de que o espaço se possa mudar

O pensamento é como uma chama
Que jamais se apaga
Que por algo novo sempre clama
E que a infinidade da criação o afaga

Viva livre ho! criador
Imagine mundos indescritívies
Vague no novo como um explorador
Vós que sois pensamentos impossíveis. (Tadany Cargnin dos Santos – 03 07 04)

Poema VII

Deixe que o sonho invada
Invada o sonho que queira ser
Construa com este sonho a tua morada
Para que o sonho tenha onde viver. (Tadany Cargnin dos Santos – 03 07 04)

Poema VIII

Existe um desejo que acompanha todo o ser
Que é tão profundo quanto o sonhar
É a ânsia do completamente viver
E muito mais que isto é a capacidade de despertar. (Tadany Cargnin dos Santos – 03 07 04)

Poema VI

Um ser que pareçe
Pareçe ser o que um é
Mas o ser apenas apeteçe
Se apeteçe o ser que realmente é. (Tadany Cargnin dos Santos – 03 07 04)

Friday, July 02, 2004

Poema IV

Se alguém te disse que tudo se acaba
Não preste atenção
Com o trigo da colheita
Faz tua ceia e alimente o teu irmão. (Tadany Cargnin dos Santos – 02 07 04)


Poema V

Se alguém te disse que nada se cria
Ignore-o contemplando outra dimensão
E com o arado da mente
Semeie as asas da imaginação. (Tadany Cargnin dos Santos – 02 07 04)

Poema III

O touro vislumbra toda a planície
O vaqueiro descansa na tapera
São dois seres em paz na mesma superfície
Como o noivo e a noiva numa paquera. (Tadany Cargnin dos Santos – 02 07 04)

In toto

Uma gargalhada esconde uma interrogação
Uma calmaria preenche o céu depois da chuva
Um pensamento único leva à perdição
Um vinho é a perfeição da uva

Um amigo é um pedaço de alma encontrada
Uma paixão é a certeza de sentimento
Uma harmonia é a convergência de uma cavalgada
Uma música é um perfeito memento

Uma resignação é a dor da seriadade
Um poema é a ilusão no seu pleno
Uma saia curta é o pico da vaidade
Uma miscigenação é a fusão do eterno

Um trabalho é a conexão divina
Uma retórica é a expressão pensada
Uma suavidade é a dança de uma bailarina
Um fim é o começo de outra jornada. (Tadany Cargnin dos Santos – 02 07 04)